Festival Varilux 2023

PROGRAMAÇÃO FESTIVAL VARILUX 2023

O FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS CHEGA À MAIS UMA EDIÇÃO EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ

As sessões acontecem na Arthousebc, entre os dias 25/11 e 10/12.

O Festival Varilux de Cinema Francês acontece anualmente em todo país, trazendo para o público brasileiro a recente safra da cinematografia francesa. Nos últimos dez anos o Varilux conquistou o cinéfilo brasileiro e já ultrapassou a marca de um milhão de espectadores.

O festival é uma produção da Bonfilm que chega à Balneário Camboriú com apoio da Arthousebc e Comunica.

Os longas-metragens programados se destinam tanto a adultos quanto jovens e crianças, e apresentará filmes 19 filmes, Incluindo os clássicos “E Deus Criou a Mulher”, de Roger Vadim e “O Desprezo”, de Jean-Luc Godard:

INFORMAÇÕES GERAIS
ENDEREÇO: Arthousebc (Rua São Paulo 581-1 / Balneário Camboriú / Santa Catarina)
INGRESSOS: na bilheteria R$ 30,00 inteira ou R$ 15,00 meia (abre 30 minutos antes do primeiro filme e fecha 30 minutos após o início da última sessão) ou na em nosso site www.arthousebc.com
FORMAS DE PAGAMENTO: Dinheiro, Débito ou Crédito
ANTECIPADOS: Inteira R$30,00 (Antecipado https://pag.ae/7YDaVgqQp/button) / Meia-entrada R$15,00 (Antecipado https://pag.ae/7YDaUN3Qs/button)

Confira informações completas dos filmes exibidos no Festival Varilux de Cinema Francês!

10/11 (sexta) | 17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia

20/11 (segunda) | 20h30 | Arthousebc | Sala Cinefilia



“ALMAS GÊMEAS”

André Téchiné / 2023 / 1h40 / Drama / 14 anos


DIREÇÃO: André Téchiné

ELENCO / Cast: Benjamin Voisin , Noémie Merlant , Audrey Dana

DISTRIBUIÇÃO: Zeta Filmes

SINOPSE:

Após um ataque contra seu comboio militar no Mali, o tenente francês David Faber é trazido de volta à França para se recuperar. Profundamente queimado e com amnésia severa, ele passa meses em recuperação, sob a cuidadosa vigilância de sua preocupada e devotada irmã Jeanne, que espera que ele recupere sua memória. Mas estranhamente, ele não parece muito ansioso para se reconciliar com quem era.

“Um filme de grande beleza. De uma dualidade do próprio cineasta, uma presença ao mesmo tempo séria e leve, em busca de uma verdade que só os dois protagonistas podem ajudá-lo a encontrar” – Première.fr

“O anti‐romantismo paradoxal de Téchiné se expressa aqui: seus personagens passam pela paixão, porque não há nada mais forte, mas ela não aguenta, então devemos morrer, fugir ou aceitar apenas a felicidade”. Les Cahiers du CInéma

“Todos os seus temas principais estão aí, as relações impossíveis entre irmão e irmã, a necessidade de escapar à própria identidade e, acima de tudo, um sentido de romance e uma elegância de encenação que nos leva até ao fim”. Le Parisien

André Téchiné, diretor
André Téchiné nasceu em 13 de março de 1943, em Valence-d’Agen, França. A infância de Téchiné foi provinciana, marcada pela formação em colégio religioso, até ir para Paris aos 19 anos. Foi crítico da Cahiers du Cinéma entre 1964 a 1967. Sua estreia como diretor foi com Paulina s’en va (1969). A partir de Hotel das Américas, em 1981, começou a filmar com Catherine Deneuve que se tornou uma das suas atrizes preferidas (A Minha Estação Preferida; O Local do Crime). Com Rendez-vous, Téchiné recebeu a Palma de Ouro de Melhor Diretor no Festival de Cannes de 1985. Aliás, Téchiné tem uma longa relação com o Festival de Cannes, ao todo, onze filmes foram exibidos em diferentes mostras, em competição foram As Irmãs Brontë (1979) e na Un Certain Regard, La Matiouette (1983) e Rosas Selvagens (1994). Nas comemorações dos 70 anos do Festival, em 2017, o realizador foi convidado a exibir em sessões especiais o seu 22º longa, Anos Dourados. O filme Rosas Selvagens recebeu o César, em 1995, de Melhor Filme, Melhor Diretor, Roteiro e Atriz Revelação. Nos seus filmes, Téchiné sempre abordou vários temas ligados à moral e à evolução da sociedade contemporânea, como a homossexualidade, divórcio, adultério, desagregação familiar, prostituição e delinquência.

14/11 (terça) 17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia

16/11 (quinta) 20h15 | Arthousebc | Sala Cinefilia

 



“O ASTRONAUTA” / “L’astronaute”

Nicolas Giraud / 2022 / 1h50 / Drama / Livre

DIREÇÃO: Nicolas Giraud

ELENCO / Cast: Nicolas Giraud, Mathieu Kassovitz, Hélène Vincent

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Bonfilm

SINOPSE: Engenheiro de aeronáutica na empresa Arianespace, Jim se dedicou durante anos a um projeto secreto: construir seu próprio foguete e realizar o primeiro voo espacial tripulado amador. Mas para realizar seu sonho, ele deve aprender a compartilhá-lo.

“Se, no estado atual da tecnologia, é impensável que um indivíduo consiga construir o seu próprio pequeno Apollo privado, ou seja, uma nave espacial orbital de um só andar, a verdade é que L’Astronaute oferece uma visão realista desta propulsão particularmente corajosa.” – Le Monde

“Um estranho e jubiloso épico espacial.” – Télérama

“Um filme singular que nos familiariza com as estrelas – Télérama

Nicolas Giraud, diretor e ator
Nicolas Giraud começou no cinema como ator sob a direção de Bruno Podalydès em O Barco da Liberdade (2001). Mas foi a partir do encontro com David Oelhoffen para a produção do curta-metragem Sous le bleu (2004) que o jovem ator conseguiu visibilidade, sendo premiado no Festival de Curta-Metragem de Lille. Sua colaboração com Oelhoffen continuou com Nos retrouvailles (2007), pelo qual recebeu o Prêmio de Interpretação Masculina no Festival da Reunião. Em Comme une étoile dans la nuit (2008) de René Féret, ele comoveu a crítica e o público encenando um jovem afetado pela doença de Hodgkin. Ele também participou do filme de Jean-Xavier de Lestrade Sur ta joue ennemie (2008) e da superprodução Busca Implacável (2008) de Pierre Morel. Após Vertigem (2009) e Je ne dis pas non (2009), ele foi convidado por Luc Besson para viver As Aventuras Extraordinárias de Adèle Blanc-Sec (2010), baseado na história em quadrinhos de Jacques Tardi. Ele voltou a trabalhar com René Féret em Nannerl, a irmã de Mozart (2010) e se juntou a Catherine Frot no elenco de Coup d’éclat (2011), de José Alcala.
Nicolas Giraud também atuou em diversos outros filmes e projetos, demonstrando seu talento e versatilidade como artista. Além disso, ele se aventurou como autor e diretor, recebendo reconhecimento por seu curta-metragem Faiblesses na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 2009. Ele fez a transição com sucesso para um longa-metragem graças ao comovente Du soleil dans mes yeux, adaptado do romance L’impurité d’Irène de Philippe Mezescaze.

13/11 (segunda) | 18h30 | Arthousebc | Sala Cinefilia

15/11 (quarta) | 20h30 | Arthousebc | Sala Cinefilia



“AS BESTAS” / “As Bestas”

Laurent Cantet / 2021 / 1h27 / Drama

DIREÇÃO: Rodrigo Sorogoyen

ELENCO / Cast: Denis Ménochet, Marina Fois, Luis Zahera

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Belas Artes – Pandora

SINOPSE: Um casal francês se muda para uma vila no interior da Galícia, buscando proximidade com a natureza. Eles levam uma vida sossegada, plantam vegetais e recuperam casas abandonadas, mas não têm uma boa relação com os outros habitantes. Após rejeitar um projeto de energia elétrica eólica, dois irmãos da vizinhança se desentendem e levam a situação ao limite.

Filme apresentado na mostra Première no Festival de Cannes de 2022!
Prêmios Goya e Prêmios CEC em 2023 de Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme.

“Um filme tenso e perturbador, que é tanto um drama social íntimo quanto um thriller camponês.” – Le Figaro
 
“ Sorogoyen cultiva a tensão com tremenda maestria.” – Le Parisien
 
“Um thriller com um hiper realismo assustador.” – Télérama

“Este poderoso filme sobre o medo e o ódio aos outros confirma o talento de Rodrigo Sorogoyen”. – Les Echos

Rodrigo Sorogoyen, diretor
Cineasta espanhol, Rodrigo Sorogoyen é reconhecido principalmente por dirigir Madre (2019), filme pelo qual foi nomeado ao Óscar 2019 na categoria de Melhor Curta-metragem. Aos 25 anos, teve a oportunidade de dirigir seu primeiro filme, 8 Citas (2008), projeto escrito e dirigido em colaboração com Peris Romano. O longa teve ótimas receitas, além de elogios da crítica e uma ótima recepção na edição de 2008 do Festival de Cinema de Málaga. Pouco depois, começou a trabalhar como roteirista e diretor da Isla Producciones em séries de televisão. Em 2012 filmou Estocolmo, estrelado por Aura Garrido e Javier Pereira. O filme se tornou um dos grandes favoritos do festival: foi premiado com três Bisnagas de Prata, uma menção especial, o Prêmio Signis e o do Júri Jovem. Em 2015 começou a filmar seu terceiro projeto para o cinema, Que Deus nos perdoe, com Antonio de la Torre e Roberto Álamo no elenco principal. Em 2017, além do indicado ao Oscar, Madre, dirigiu também o longa-metragem O Candidato, que recebeu os Prêmios Goya de Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original. Em 2022 lançou seu último filme como diretor e co-roteirista, As Bestas, pelo qual recebeu novamente os Prêmios Goya e os Prêmios CEC em 2023 de Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme.

 

16/11 (quinta) 17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia

18/11 (sábado) 18h15 | Arthousebc | Sala Cinefilia


“CONDUZINDO MADELEINE” / “Une Belle course”

Christian Carion / 2022 / 1h31 / Drama / Livre

DIREÇÃO: Christian Carion

ELENCO / Cast: Line Renaud, Dany Boon, Alice Isaaz

DISTRIBUIÇÃO: California Filmes

SINOPSE: Madeleine, 92 anos, chama um táxi para chegar à casa de repouso onde deverá morar a partir de agora. Ela pede a Charles, um motorista um tanto desiludido, que passe pelos lugares que importaram em sua vida, para vê-los uma última vez. Aos poucos, pelas ruas de Paris, Madeleine revela um passado extraordinário que perturba Charles. Há viagens de táxi que podem mudar uma vida.

 

Filme apresentado na abertura do festival de cinema francófono de Angoulême de 2022 e no festival internacional de cinema de Toronto de 2022 !

“Line Renaud e Dany Boon formam uma dupla cativante que inicialmente se opõe totalmente neste filme (…). Um grande sucesso!” – Le Parisien
 
“Uma bela cumplicidade se desenvolve entre as duas personagens (…) a sobriedade combina com Dany Boon, pela primeira vez num papel dramático, e Line Renaud é irresistível tanto no humor como na emoção”. – Télérama

Christian Carion, diretor
Iniciou sua carreira dirigindo Encontro Inesperado (2001), com Michel Serrault e Mathilde Seigner, longa que atraiu 2,4 milhões de espectadores franceses. Com base nesse sucesso, o cineasta desenvolveu um projeto mais ambicioso, iniciado em 1993: Feliz Natal. Seu segundo longa foi apresentado fora da competição no Festival de Cinema de Cannes de 2005, indicado diversas vezes para o César em 2006 e representou a França no mesmo ano na corrida ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Fiel a seus atores, o diretor encontrou dois anos depois Guillaume Canet para impulsioná-lo em O Caso Farewell (2009), um thriller de espionagem inspirado em eventos reais. Em 2014 ele filmou, nas estradas de Nord-Pas-de-Calais, o filme histórico Viva a França! (2015), com trilha sonora assinada por Ennio Morricone. Voltou para trás das câmeras em 2016 para as filmagens de Meu Filho e seu remake em inglês, My Boy, lançado em 2021.

11/11 (sábado) 18h15 | Arthousebc | Sala Cinefilia

15/11 (quarta) 17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia

18/11 (sábado) 20h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia



“CRÔNICA DE UMA RELAÇÃO PASSAGEIRA” / “Chroniques d’une liaison passagère”

Emmanuel Mouret / 2022 / 1h40 / Romance, Drama / 14 anos

DIREÇÃO: Emmanuel Mouret

ELENCO / Cast: Sandrine Kiberlain, Vincent Macaigne, Georgia Scalliet

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Mares Filmes

Filme apresentado na mostra Première no Festival de Cannes de 2022!

SINOPSE: Durante uma festa, Charlotte, uma mãe solteira, conhece Simon, um homem casado. Este novo casal concorda em se ver apenas por diversão, sem vivenciar nada além. Porém, essa relação sem futuro fica perturbada quando novos sentimentos aparecem.

“Uma ilustração terrível da complexidade da alma humana e do relacionamento amoroso, servida com uma clareza, uma precisão, uma limpidez que encanta.- Le Monde

“Como sempre, Emmanuel Mouret orquestra este maluco e comovente “jogo de tolos” com rara delicadeza e uma consumada arte de sugestão.” – Les Échos

Emmanuel Mouret, diretor
Nascido em Marselha, Emmanuel Mouret se mudou para Paris, onde fez aulas de teatro, trabalhou em diversos sets de filmagens e ingressou no departamento de direção na La Fémis, prestigiosa escola de cinema, na qual se formou em 1998.

O cineasta muitas vezes atua em seus próprios filmes. Ele interpretou, ao lado de Marie Gillain, o herói de seu primeiro longa-metragem, Deixemos Lucie Fazer (2000). Mouret espera quatro anos antes de dirigir seu próximo filme, Vênus e Flor (2004), uma comédia descontraída apresentada em Cannes na Quinzena dos Realizadores. No ano seguinte, seu novo filme, Mudança de Endereço (2006), também é selecionado para a Quinzena. Pouco tempo depois, Mouret dirigiu Um Beijo, Por Favor (2007), apresentado em uma seleção paralela da Mostra de Veneza.

Em 2011, ele se lançou em um novo desafio, cercando-se desta vez de quinze atores de primeira linha para A Arte de Amar, sua nova comédia. Dois anos depois, dirigiu Joey Starr no romance dramático Outra Vida. Em 2018, realizou o filme de época Mademoiselle Vingança, adaptado de uma obra de Diderot, e estrelado por Cécile de France. Dois anos depois, o diretor retornou com As Coisas que Dizemos, As Coisas que Fazemos, um romance contemporâneo no qual ele dirigiu Camélia Jordana, Niels Schneider, Vincent Macaigne e Emilie Dequenne.

12/11 (domingo) 20h50 | Arthousebc | Sala Cinefilia

22/11 (quarta) 20h30 | Arthousebc | Sala Cinefilia



“CULPA E DESEJO” / “L’été dernier”

Catherine Breillat / 2023 / 1h44 / Suspense, Drama / 16 anos

DIREÇÃO: Catherine Breillat

ELENCO / Cast: Léa Drucker, Samuel Kircher, Olivier Rabourdin

DISTRIBUIÇÃO: Synapse

SINOPSE: Anne é uma renomada advogada especializada em violência sexual contra menores. Ao conhecer o filho de 17 anos de seu atual parceiro, ela inicia um relacionamento com ele. Ao fazê-lo, corre o risco de pôr em risco a sua carreira e desmembrar a sua família.

Seleção Oficial do Festival de Cannes de 2023!

“A cineasta se aventura em um assunto tabu sem procurar se desculpar ou equilibrar pontos de vista.” – Premiere.fr
 
“Esta nova obra evita as temidas armadilhas e se mostra fascinante do início ao fim com seu domínio da narrativa, viva como um raio.” – Télérama
 
“ […] a cineasta evoca mais uma vez o desejo feminino, o impulso sexual e as “tensões” entre a ordem moral e a satisfação de fantasias. “ – Les Inrock

Catherine Breillat, diretora. Convidada do Festival
Catherine Breillat é uma diretora e escritora francesa. Aos 17 anos, publicou seu primeiro romance, O Homem Fácil. Apaixonada pelas palavras, Catherine Breillat decidiu colocar seu talento a serviço da tela grande e começou a escrever roteiros. Em 1976, ela adicionou a direção como uma nova habilidade ao seu repertório ao lançar seu primeiro filme, Une vraie jeune fille (1976), adaptação de seu próprio livro, Le Soupirail. Após uma segunda tentativa de direção, Catherine Breillat retomou sua carreira de roteirista e colocou seu talento a serviço de grandes nomes, como Maurice Pialat, Liliana Cavani e até Fellini. No entanto, a tentação de voltar a assumir a direção a atormentava, e a diretora sucumbiu a ela. Ela dirigiu vários filmes na década de 1990: 36 Filé (1988), Impura como um Anjo (1991) e Amor Perfeito! (1996). Sempre provocativa, Catherine Breillat escalou o ator de filmes pornográficos Rocco Siffredi para seu filme Romance (1999). Em 2007, Catherine Breillat dirigiu “A última Amante”, que foi exibido em competição oficial em Cannes. Em 2013, escreveu e dirigiu Uma Relação Delicada, filme semi autobiográfico estrelando Isabelle Huppert, com estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto.

Léa Drucker, convidada do Festival
Léa Drucker nasceu em 1972, em Caen, França. Iniciou seus estudos na École de La Rue Blanche, onde teve aulas de interpretação. Em sua carreira, Drucker atuou tanto em peças de teatro clássico como Le Misanthrope, como peças contemporâneas como Blanc de Emmanuelle Marie. Ela fez aparições em alguns filmes e séries de TV, como Colis d’oseille em 1993 e Anne Le Guen em 1995. Ela fez sua estreia no cinema em 1991 no filme de Philippe Galland, La Thune. Em 2002, ela desempenhou seu primeiro papel como protagonista no filme Papillons de nuit, dirigido por John Pepper. Em 2006, ficou mais conhecida por seu papel no filme policial As Brigadas do Tigre, dirigido por Jérôme Cornuau. Em 2012 ela reencontra Thomas Gilou para o terceiro filme da série La vérité si je mens!, 17 anos após a estreia do primeiro filme da franquia. De 2015 a 2017, interpretou uma psiquiatra da DGSE na série de televisão Le Bureau des Légendes. Em 2019, Léa recebe o Prêmio César de Melhor Atriz por seu papel no longa-metragem Custódia (2018), de Xavier Legrand, filme apresentado no Festival Varilux. Em 2022, ela é uma das protagonistas no filme Les Couleurs de L’Incendie, de Clovis Cornillac. No mesmo ano, Drucker foi protagonista no longa O mundo de Ontem, de Diastème, filme também apresentado no Festival Varilux.

9/11 (quinta) 20h30 | Arthousebc | Sala Cinefilia

17/11 (sexta) 17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia



“O DESAFIO DE MARGUERITE” / “Le Théorème de Marguerite”

Anne Novion / 2023 / 1h52 / Drama / 14 anos

DIREÇÃO: Anne Novion

ELENCO / Cast: Ella Rumpf, Jean-Pierre Darroussin, Clotilde Courau

DISTRIBUIÇÃO: Synapse

SINOPSE: O futuro de Marguerite parece claro. Brilhante aluna de Matemática na renomada Escola Normal Superior de Paris e a única menina de sua classe, ela está finalizando uma tese que deverá apresentar diante de um público de pesquisadores. No grande dia, um erro abala todas as suas certezas e ela decide abandonar a faculdade, esquecer de vez a matemática e começar uma nova vida.

Destaque na primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Biarritz!

Filme apresentado na Sessão Especial do Festival de Cannes de 2023!

“ Da queda ao renascimento, da busca do intangível às linhas curvas, o retrato desta estudante, interpretada pela luminosa Ella Rumpf, é uma bela descoberta cheia de emoções. ” – Franceinfo

“O filme oferece uma reflexão sobre a busca pela identidade, a resiliência e a capacidade de se reinventar diante do fracasso.” – Sortir à paris

“É um filme muito pessoal que evoca a minha relação com a criação.” – Anne Novion

Anne Novion, diretora
Filha de mãe sueca e pai francês, Anne (ou Anna) Novion nasceu em 1979 em Paris. Ela se matriculou na Universidade de Saint Denis, para estudar cinema, e produziu 3 curtas-metragens durante esse tempo. Frédérique est française em 2000, Chanson entre deux em 2001 e On prend pas la mer quand on la connaît pas, em 2005. Alguns anos depois, se graduou com um diploma e um mestrado também. Mais adiante, Anne realizou uma pós-graduação na Universidade Jussieu, escrevendo uma tese sobre Ingmar Bergman, intitulada “Angústia, Culpa e Desespero nas obras de Bergman”. Fascinada pela Suécia, ela escolhe esse país como cenário – tanto físico quanto moral – de seus dois longa-metragens, Les grandes Personnes (2008), apresentado no Festival de Cannes na mostra Semana da Crítica, e Rendez-vous à Kiruna (2012).

12/11 (domingo) | 17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia


“E DEUS CRIOU A MULHER (Clássico)” / “Et Dieu créa la femme”

Roger Vadim / 1956 / 1h35 / Romance, Drama / 14 anos

DIREÇÃO: Roger Vadim

ELENCO / Cast: Brigitte Bardot, Curd Jürgens , Jean-Louis Trintignant , Donovan Leitch Jr.

Na pequena comuna de Saint-Tropez, a sedutora órfã Juliette é o objeto de desejo de todos os homens. Ela provoca o milionário Eric e se sente atraída por Antoine. Para fugir do orfanato, ela aceita se casar com Michel, o irmão mais jovem de Antoine.

“Em “E Deus… criou a mulher”, Brigitte vira Bardot “ – Le Monde

“ A intérprete de E Deus Criou a Mulher quebrou, através do seu mito provocativo, as barreiras que impediam a sexualidade feminina. “ – Le Monde

Direção de Roger Vadim
E Deus Criou a Mulher é a estreia do diretor Roger Vadim, na época casado com a estrela do filme, Brigitte Bardot, que iniciava então sua carreira emblemática. O longa tem esse nome apropriado pois leva o público a testemunhar o nascimento de uma mulher empoderada, que exala sensualidade e, embora os homens daquela época achassem difícil de entender, as mulheres dos anos 50 cobiçavam tal independência e liberdade. A famosa cena pouco antes do início dos créditos, em que Brigitte dança em cima da mesa usando seu corpo para conquistar e afirmar sua liberdade, é a grande síntese desse movimento comportamental que daria início à Nouvelle Vague.

Brigitte Bardot torna-se, com este filme, ao mesmo tempo um mito e um símbolo sexual global da década de 1960; uma estrela mediática, um emblema da emancipação das mulheres. Uma jovem que é ao mesmo tempo modelo e demônio, uma ingênua livre e provocadora, um símbolo de feminilidade e da liberdade sexual.

Quando o filme foi realizado, na metade dos anos 1950, começava a crescer a onda de rebeldia juvenil na França e em outros países. O cinema procurava fugir do padrão clássico, esquecer o cinema para “copiar a vida”, a verdadeira intimidade dos personagens. Se o filme foi bem recebido pelos jovens realizadores da Nouvelle Vague – Claude Chabrol, François Truffaut, Jean-Luc Godard – foi rejeitado pelo público durante o seu primeiro lançamento no canal de televisão France 3. Os novos diretores consideravam Bardot em E Deus Criou a Mulher um importante sinal de renovação, indicando um novo caminho a seguir: filmar os jovens como eles são, sem maquiagem ou amarras de roteiro. Porém, a atriz é violentamente criticada pela imprensa em nome de uma moralidade que ela põe em perigo.

Sucesso de público, o filme foi essencial no nascimento da nova onda, uma nova consciência no cinema francês, e ainda garantiu o estrelato de seu elenco principal.

9/11 (quinta) | 19h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia

10/11 (sexta) | 20h15 | Arthousebc | Sala Cinefilia

15/11 (quarta) | 18h30 | Arthousebc | Sala Cinefilia


“DISFARCE DIVINO” / “Magnificat”

Virginie Sauveur / 2023 / 1h38 / Drama / 14 anos

DIREÇÃO: Virginie Sauveur

ELENCO / Cast: Karin Viard, François Berléand, Nicolas Cazalé

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Bonfilm

SINOPSE:Quando um padre idoso falece, a chanceler encarregada da diocese, Charlotte, descobre que ele era uma mulher. Sem que ninguém suspeitasse, o padre estava praticando sua vocação por anos. Consternada, Charlotte decide iniciar uma investigação em meio a comunidade.

“Tremenda empatia no papel de Chanceler, Karin Viard nos leva aos poucos a nos questionar sobre esses assuntos, libertando-se de caricaturas e tabus.” – Le Parisien

“O primeiro filme de cinema de Virginie Sauveur evoca com tato o tabu das mulheres sacerdotes na igreja. Karin Viard é incrível.” – Le Figaro

Virginie Sauveur, diretora
Após três anos de estudos na ESRA, Virginie Sauveur ingressou na K’ien Productions em 1998 como assistente de produção. A partir de 2001, ela passou a escrever roteiros, atraindo a atenção da ARTE, que lhe deu sua primeira chance para escrever e dirigir seu filme para TV, Alguns dias entre nós (2003), com Cyrille Thouvenin e Sara Forestier. Ela em seguida escreveu e dirigiu, Celle qui reste (2005), com Julie Depardieu e Julien Boisselier. Durante as filmagens, conheceu Martine Chevallier, integrante da Comédie Française, à quem convidou alguns anos depois para interpretar o papel principal no filme para TV The Tattooed Widow 1. Em 2009, após inicialmente se recusar a produzir Brothers (2011) para o canal de televisão France 2, que considerava muito distante de seu universo, Virginie Sauveur finalmente se lançou ao projeto contratando jovens atores. Em 2012, terminou de dirigir os episódios 7 a 10 da 4ª temporada de Engrenages (2005-2020) para o Canal+. Em 2014, uniu forças com Jan Vasak e Alexandre Charlet para criar a empresa Day For Night Productions 2.

9/11 (quinta) | 17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia

14/11 (terça) |  20h45 | Arthousebc | Sala Cinefilia



“O LIVRO DA DISCÓRDIA” / “Youssef Salem a du succès”

Baya Kasmi / 2023 / 1h37 / Comédia / Livre

DIREÇÃO:Baya Kasmi

COM: Ramzy Bedia, Noémie Lvovsky, Abbes Zahmani, Tassadit Mandi

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Bonfilm

SINOPSE: Youssef Salem tem 45 anos, é descendente de uma família de imigrantes argelinos e vive em Paris onde se dedica à escrita. Após uma série de contratempos, ele decide escrever um romance parcialmente autobiográfico, inspirado na sua juventude e em particular nos tabus que rodeiam a sexualidade no ambiente onde cresceu. O livro provoca um debate público apaixonado, mas também gera uma tensão no seio da sua família, que Youssef tentará manter unida o melhor que puder.

“Baya Kasmi opta pelo tom da comédia leve. Ela cria um ar próprio, foge do tempo de inatividade, descreve uma família entre duas culturas, mostra com precisão o lado de baixo do mundo literário” – Le Figaro

“Uma comédia inteligente onde Ramzy Bedia brilha.” – Télérama

“Baya Kasmi e Michel Leclerc […] constroem a quatro mãos um pequeno trabalho cativante, maluco e sexy que conta a França de hoje.” – Les Échos

Baya Kasmi, diretora e roteirista
Nascida em 1978, Baya Kasmi iniciou na cena audiovisual escrevendo roteiros para séries de televisão, notoriamente trabalhando com Michel Leclerc. Em 2008, ela escreveu o filme para televisão Those Who Love France, dirigido por Ariane Ascaride. Seu roteiro do filme Os nomes do Amor (2010), inspirado em sua própria vida, ganhou o César de melhor roteiro original na 36ª cerimônia do César em 2011. Três anos depois, voltou aos Césares para a indicação de Hipócrates na mesma categoria. Em 2015, ela dirigiu seu primeiro longa-metragem intitulado Sou seu imediatamente, uma comédia que reúne Vimala Pons, Mehdi Djaadi e Agnès Jaoui. Além de ter co-escrito roteiros com seu companheiro, Michel Leclerc, ela fez uma breve aparição em dois de seus filmes: J’invente rien (2006) e Uma Vida Muito Privada de Monsieur Sim (2015).

 

 

10/11 (sexta) | 18h30 | Arthousebc | Sala Cinefilia

19/11 (domingo) | 18h15 | Arthousebc | Sala Cinefilia

22/11 (quarta) | 18h35 | Arthousebc | Sala Cinefilia


“MAESTRO(S)” / “Maestro(s)”

Bruno Chiche / 2022 / 1h36 / Drama / Livre

DIREÇÃO: Bruno Chiche

ELENCO/Cast: Yvan Attal, Pierre Arditi, Miou-Miou, Caroline Anglade

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Bonfilm

SINOPSE:O maestro Denis Dumar ganhou mais um prêmio nas Victoires de la Musique Classique, evento anual de premiação de música clássica francesa. Logo em seguida, seu pai, François – um brilhante maestro de renome internacional – recebe um telefonema anunciando que foi escolhido para reger a orquestra do Teatro Scala de Milão. Sendo esse seu maior sonho, ambos vibram com a notícia. Porém, Denis rapidamente se desilude ao descobrir que, na verdade, ele é quem foi escolhido para ir à Milão, e não seu pai.

“É o tipo de comédia dramática da qual você sai no ritmo. Com elegância e know-how, o cineasta Bruno Chiche […] orquestrou a rivalidade entre pai e filho.” – Le Figaro

Bruno Chiche, diretor
Bruno Chiche iniciou sua carreira como assistente de direção com Pierre Granier-Deferre em Cours privé (1986); Laurent Heynemann em Les mois d’avril sont meurtriers (1987); Robert Enrico em De guerre lasse (1987) e Jacques Doillon em Comédia! (1987). Trabalhou ainda como assistente de produção em Un Week-end sur deux (1990). Em paralelo, realizou curta-metragens como Morphée (1985) com Michel Aumonte e Brasero (1989) com Yves Verhoeven e Eric Caravaca.

Dirigiu seu primeiro longa-metragem, a comédia Barnie et ses petites contrariétés, em 2001. Em seguida, optou por uma mudança de estilo ao lançar Hell (2006) e Je N’ai Rien Oublié (2010). Em 2017, dirigiu L’un Dans L’autre, que obteve grande sucesso. Além disso, ele consolidou sua carreira atuando como produtor em diversos filmes como Nos jours heureux (2006), de Eric Toledano e Olivier Nakache; e Une pure affaire (2011) de Alexandre Coffre.

 

11/11 (sábado) | 20h15 | Arthousebc | Sala Cinefilia

17/11 (|sexta) | 18h35 | Arthousebc | Sala Cinefilia


“MAKING OF” / “Making Of”

Cédric Kahn / 2023 / 1h59 / Drama / Livre

DIREÇÃO: Cédric Kahn

ELENCO / Cast: Denis Podalydès, Jonathan Cohen, Emmanuelle Bercot, Stefan Crepon

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Bonfilm

SINOPSE: Simon, um diretor experiente, começa a rodar um filme sobre a luta dos trabalhadores para salvar sua fábrica. Mas nada sai como planejado. Sua produtora deseja reescrever o final, sua equipe entra em greve, sua vida pessoal está em ruínas; e para piorar as coisas, o ator principal é um desagradavel egocêntrico. Joseph, um jovem que deseja entrar na indústria do cinema, aceita dirigir o making of. Ele leva seu papel muito a sério e começa a capturar toda a confusão, provando que o making of pode às vezes ser bem melhor que o próprio filme!

Cédric Kahn, diretor
Nascido em Paris, Cédric Kahn iniciou sua carreira como montador em 1987, trabalhando ao lado de Yann Dedet nas filmagens de Sob o Sol de Satã (1987), de Maurice Pialat. Dois anos depois, passou para trás das câmeras para dirigir seu primeiro curta-metragem, Nadir, seguido em 1990 por um segundo intitulado As Últimas Horas do Milênio. No mesmo ano, o jovem cineasta ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival Internacional de Cinema e dirigiu seu primeiro longa-metragem, Bar des rails (1992).

Ele apresentou seu longa-metragem, Cheio de Felicidade (1994), que lhe rendeu o Prêmio Jean Vigo e o Prêmio Juventude no Festival de Cannes. O diretor retornou em 1998 com O Tédio, que levou o Prêmio Louis Delluc, e depois produziu Roberto Succo (2001), que relata a vida do serial killer italiano. Três anos depois, lançou Sinais Vermelhos (2004), que lhe rendeu uma indicação ao Festival de Berlim e ao Independent Spirit Awards, na Califórnia.

Em 2005, surpreendeu com O Avião, apresentando uma comovente história infantil. Em 2009, dirigiu Yvan Attal e Valeria Bruni Tedeschi no drama Arrependimentos. No início de 2012, apresentou seu novo filme, A Vida vai Melhorar (2011). Em 2018, lançou A Oração que concorreu ao Urso de Ouro no Festival de Cinema de Berlim. Em 2019, seu filme Feliz Aniversário com Catherine Deneuve, Vincent Macaigne e Emmanuelle Bercot foi lançado com sucesso.

Stefan Crepon, convidado do Festival
Nascido em 1996, Stefan Crepon encontrou seu primeiro papel em 2011, participando como ator infantil em dois episódios da série familiar francesa Famille d’accueil. Dedicou-se então aos estudos e em 2020 completou a formação profissional de atuação no renomado Conservatoire National Supérieur d’Art Dramatique (CNSAD) de Paris. Em seu último ano de formação, o ator participou de uma peça dirigida por Alain Françon.

Ainda treinando como ator, Crepon começou a aparecer em seus primeiros filmes. Ele assumiu o papel principal contracenando com Camille Razat, no curta-metragem de Jeanne Sigwalt, L’eau dans les yeux (2017) e em 2018, participou do premiado longa-metragem A Oração, de Cédric Kahn. No mesmo ano, recebeu um papel maior na quarta temporada da série de espionagem Le Bureau des Légendes (2018-2020) transmitida no Canal+.

A partir desses trabalhos, Stefan participou do elenco de Lágrimas de Sal (2020), de Philippe Garrel, Belas Promessas (2021), de Thomas Kruithof; e participou de três episódios da série Lupin (2021), com Omar Sy. Em 2022, a sua atuação em Peter von Kant de François Ozon lhe rendeu uma indicação ao César de Melhor Ator Revelação.

16/11 (quinta) | 18h15 | Arthousebc | Sala Cinefilia

20/11 (segunda) | 17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia

21/11 (terça) | 17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia


“MEMÓRIAS DE PARIS” / “Revoir Paris”

Alice Winocour / 2022 / 1h45 / Drama / 14 anos

DIREÇÃO: Alice Winocour

ELENCO: Virginie Efira, Benoît Magimel, Grégoire Colin

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Mares Filmes

SINOPSE: Três meses depois de sobreviver a um ataque terrorista em um bistrô parisiense, Mia ainda está traumatizada e incapaz de se lembrar dos acontecimentos daquela noite. Em um esforço para finalmente seguir em frente, ela investiga suas memórias e refaz seus passos.

“Winocour (re)dá voz e corpo a traumas que se tornaram muito mais do que isso – um fato social, uma questão política – ao longo de uma obra tão comovente quanto digna e poderosamente orgânica”. – Première.fr

“Este filme sensível, magistralmente interpretado por Virginie Efira, examina modestamente o mundo dos sobreviventes e a sua luta para reconstruir a sua existência e enfrentar novamente a vida quotidiana”. Marianne

“Um trabalho sobre a memória individual e colectiva, a das imagens e sons partilhados e, portanto, um pouco sobre o próprio cinema”. Positif

Alice Winocour, diretora
Nascida em Paris, estudou roteiro na La Fémis, fez três curtas-metragens e escreveu o roteiro do filme Ordinary People (2009), de Vladimir Perisic. Seu primeiro longa-metragem, Augustine (2012), foi apresentado no Festival de Cannes em 2012, como parte da Semana da Crítica. Seu segundo filme na direção, Transtorno (2015), foi selecionado para ser exibido na seção Un Certain Regard do Festival de Cannes de 2015. Ela também co-escreveu o filme Cinco Graças (2015) com Deniz Gamze Ergüven, o qual foi exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival Cannes de 2015, e foi selecionado como a entrada francesa para o Melhor Filme Estrangeiro no 88º Oscar. Em 2016, ela foi nomeada membro do júri da seção Semana Internacional da Crítica do Festival de Cannes. Seu filme A Jornada (2019), com Eva Green e Matt Dillon, estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto de 2019, onde recebeu uma menção honrosa do júri do Platform Prize.

14/11 (terça) | 18h35 | Arthousebc | Sala Cinefilia

18/11 (sábado) | 17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia


“MEU NOVO BRINQUEDO” / “Le Nouveau jouet”

James Huth / 2022 / 1h52 / Comédia / Livre

DIREÇÃO: James Huth

ELENCO: Jamel Debbouze, Daniel Auteuil, Simon Faliu

DISTRIBUIÇÃO: A2

SINOPSE: Pensando no sustento de sua futura família, Samy aceita um trabalho como vigia noturno em uma loja de luxo. Philippe Etienne, o homem mais rico da França, decide inaugurar sua loja de brinquedos e diz à seu filho, Alexandre, que pode escolher o que mais desejar como presente de aniversário. Alexandre escolhe Samy como seu novo brinquedo.

“Jamel, servido por piadas ultra eficazes, é absolutamente hilário”. – Le Parisien
 
“Uma bela peça de entretenimento onde se trata de paternidade, filiação e amor” – CBNews
 
James Huth, diretor
Nascido no Reino Unido, James Huth é um diretor, roteirista e produtor francês. Ele é casado com Sonja Shillito, sua parceira de vida e de diversas produções cinematográficas. É conhecido principalmente por suas colaborações com o ator Jean Dujardin. Escreveu e dirigiu Serial Lover (1998), Brice: Um Surfista Muito Louco (2005), Telefone do Inferno (2008), Lucky Luke (2009), A Felicidade Nunca Vem Sozinha (2012), Brice 3 (2016) e Rendez-vous chez les Malawa (2019).

12/11 (domingo) | 18h30 | Arthousebc | Sala Cinefilia

19/11 (domingo) |  20h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia


“A MUSA DE BONNARD” / “Bonnard, Pierre et Marthe”

Martin Provost / 2023 / 2h02 / Romance, Drama / 14 anos

DIREÇÃO: Martin Provost

ELENCO: Cécile de France, Vincent Macaigne, Stacy Martin

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: California Filmes

Seleção Cannes Premiere do 76º Festival de Cinema de Cannes!

SINOPSE:

A vida do pintor francês Pierre Bonnard (1867-1947) e de sua esposa, Marthe de Méligny (1869-1942), ao longo de cinco décadas. O homem que seu país natal apelidou de “pintor da felicidade” não seria o pintor que todos conhecem sem a enigmática Marthe que sozinha ocupa quase um terço da sua obra…

“Um olhar luminoso sobre Pierre e Marthe Bonnard em um comovente retrato duplo realizado por Vincent Macaigne e Cécile de France. – Télérama

“Uma longa e forte história de amor atravessada por uma doce loucura” Abus de Ciné

“O filme vai além de uma simples cinebiografia porque questiona o lugar da esposa de um artista, ou mesmo da mulher em geral, no período que vai do final do século XIX ao início do século XX”. Movierama

Martin Provost, diretor
Martin Provost nasceu em 1957 em Brest, França. Antes de ter feito a transição para realizador e argumentista de cinema começou a sua carreira como ator de teatro, contando com uma longa e famosa carreira no Comédie Française, um Teatro Estatal francês. Publicou diversos romances e realizou dois curtas-metragens antes de apresentar o seu primeiro longa-metragem enquanto realizador: Tortilla y Cinema (1997). Em 2003, dirigiu Le ventre de Juliette, e em 2008, seu filme Séraphine ganhou o Prêmio César de Melhor Filme. Em 2013, Violette, seu drama biográfico sobre a autora Violette Leduc, foi exibido na mostra Apresentação Especial do Festival Internacional de Cinema de Toronto. Em 2017, dirigiu Catherine Frot e Catherine Deneuve no longa O Reencontro e, finalmente, em 2020 dirigiu a comédia dramática A Boa Esposa, com Juliette Binoche.

13/11 (segunda) |  17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia

21/11 (terça) |  21h05 | Arthousebc | Sala Cinefilia


“ORLANDO, MINHA BIOGRAFIA POLÍTICA” / “Orlando, ma biographie politique”

Paul B. Preciado / 2023 / 1h38 / Documentário, Ficção / 14 anos

DIREÇÃO: Paul B. Preciado

ELENCO: Arthur, Emma Avena, Amir Baylly

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Filmes do Estação

SINOPSE: O filme é uma adaptação de uma das obras mais conceituadas da escritora inglesa Virginia Woolf, “Orlando”, em que o realizador, Paul B. Preciado, dirige uma carta à escritora a dizer que a sua personagem Orlando tornou-se real: o mundo está a tornar-se orlandesco. Preciado convocou um teste de elenco com 25 pessoas diferentes, todas trans e não binárias, para interpretar a personagem fictícia de Virginia Woolf, enquanto narram as suas próprias vidas. O filme reúne ainda uma série de imagens de arquivo sobre pessoas trans de meados do século XX que evocam os verdadeiros Orlandos históricos na sua luta pelo reconhecimento e visibilidade.

“Aos 50 anos, o homem que defende o antirracismo e o feminismo radical é um dos filósofos mais influentes do momento.” – Le Monde

“[…] o primeiro filme do filósofo Paul B. Preciado é uma maravilha de inteligência, insurreição, humor e gentileza ao mesmo tempo. “ – Les Inrock

“Uma multiplicidade de vozes (…) falando diretamente para a câmera em um fluxo inabalável de testemunhos complexos e sinceros” Los Angeles Times

Paul B. Preciado, diretor
Paul B. Preciado é filósofo, curador e um dos principais pensadores contemporâneos das novas políticas do corpo, gênero e sexualidade. Nasceu como Beatriz Preciado em 1970, na Espanha, concluiu um mestrado em filosofia e teoria de gênero pela New School for Social Research de Nova York, além de um doutorado em filosofia e teoria da arquitetura pela Universidade de Princeton. Atualmente é filósofo associado ao Centre Pompidou, em Paris. Pela editora Zahar, publicou os livros Testo junkie (2008), Manifesto contrassexual (2009), Um apartamento em Urano (2019), Eu sou o monstro que vos fala (2020) e Dysphoria mundi (2022).

17/11  (sexta) |  20h30 | Arthousebc | Sala Cinefilia

20/11  (segunda) | 18h30 | Arthousebc | Sala Cinefilia


“O RENASCIMENTO” / “Un coup de maître”

Rémi Bezançon / 2023 / 1h35 / Comédia, Drama / Livre

https://variluxcinefrances.com/2023/wp-content/uploads/2023/10/O-RENASCIMENTO.jpg

DIREÇÃO: Rémi Bezançon

ELENCO: Vincent Macaigne, Bouli Lanners, Bastien Ughetto

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Bonfilm

SINOPSE: Dono de uma galeria de arte, Arthur Forestier representa Renzo Nervi, um pintor em plena crise existencial. Os dois homens sempre foram amigos e, apesar de todos os contratempos, o amor pela arte os une. Sem inspiração há vários anos, Renzo gradualmente afunda em um radicalismo que o torna incontrolável. Para salvá-lo, Arthur desenvolve um plano ousado que acabará testando sua relação. Até onde você iria pela amizade?

“ […] um alegre “filme de camaradagem” no mundo dos NFTs” – Télérama
 
“Uma história de amizade em estilo “vida ou morte”, como aponta o diretor, misturada com uma sátira risível do mundo da arte contemporânea.” – CNews
 
“Uma comédia de muito sucesso, que conta com atores totalmente presentes e ultra cúmplices na tela”. – Le Parisien
 
Rémi Bezançon, diretor
Rémi Bezançon estudou na École Supérieure de Réalisation Audiovisuelle (ESRA) em Paris e na École du Louvre. Em 2005, ele lançou seu primeiro longa-metragem, O Amor Está no Ar, com Marion Cotillard, Gilles Lellouche e Vincent Elbaz, antes de se tornar conhecido por O Primeiro Dia do Resto da Sua Vida em 2008. A trilha sonora de Um Evento Feliz (2011), seu terceiro longa-metragem adaptado do best-seller autobiográfico de Eliette Abécassis, foi composta por seu parceiro de todas as produções, Mathieu Blanc-Francard, de nome artístico Sinclair.

13/11 (segunda) | 21h05 | Arthousebc | Sala Cinefilia


“SOB AS ESTRELAS” / “A la belle étoile”

Sébastien Tulard / 2023 / 1h50 / Comédia / Livre

DIREÇÃO: Sébastien Tulard

ELENCO: Riadh Belaïche, Loubna Abidar, Christine Citti

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Mares Filmes

SINOPSE: Desde cedo, Yazid teve apenas uma paixão: cozinhar. Criado entre uma família adotiva e um abrigo, o jovem forjou um caráter indomável. De Epernay à Paris, passando por Mônaco, ele tenta realizar seu sonho: trabalhar com os maiores confeiteiros e se tornar o melhor.

“Muito conhecido nas redes sociais, Riadh Belaïche revela uma bela natureza como ator neste filme onde interpreta um mestre pasteleiro em formação” – 20minutes.fr

“Um filme comovente e inspirador, protagonizado por um ator brilhante”. – Le Parisien

Sébastien Tulard, diretor
Após iniciar sua carreira como editor e animador da SFX, tornou-se diretor artístico e rapidamente assistente de direção em sets de filmagem com artistas como Dany Boon e Nicolas Benamou, onde desenvolveu então sua visão artística e pessoal como cineasta. Dirigiu três curtas-metragens que ganharam prêmios em diversos festivais, incluindo o 1º prêmio no Houston NASA Festival e o prêmio de melhor filme estrangeiro em Los Angeles no Hollywood Short Film Festival. Seu senso de escrita, aprimorado em uma masterclass com John Truby e Robert McKee (Hollywood Script Doctor) e direção inovadora, permitiu-lhe continuar a colaborar em inúmeros projetos importantes: as séries Guyane de Kim Chapiron e Validé de Frank Gastambide; e o filme O Mundo a Seus Pés (2018) de Romain Gavras. Além disso, entrou no mundo de videoclipes em julho de 2020 com o projeto Jolie Nana de Aya Nakamura, o qual foi muito elogiado por seu tratamento estético e narrativo.

 

11/11  (sábado) |  17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia

19/11 (domingo) | 17h00 | Arthousebc | Sala Cinefilia


“A VIAGEM DE ERNESTO E CELESTINE” / “Ernest et Célestine, le voyage en Charabie”

Julien Chheng e Jean-Christophe Roger / 2022 / 1h21 / Animação / Livre

DIREÇÃO: Julien Chheng e Jean-Christophe Roger

VOZES: Lambert Wilson, Michel Lerousseau, Lévanah Solomon, Pauline Brunner

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Bonfilm

SINOPSE: Ernesto e Celestine estão viajando de volta ao país de Ernesto para consertar seu violino quebrado. Esta terra exótica é o lar dos melhores músicos do planeta e a música enche constantemente o ar de alegria. Porém, ao chegarem, os dois heróis descobrem que todas as formas de música foram proibidas há muitos anos.

“Tão ensolarada quanto a primeira, a continuação das aventuras do urso e do rato continua a ser uma delícia na animação tradicional” – Libération

[…] esta joia de ternura é muito mais do que uma simples continuação: um presente alegre para todos os públicos.” – Télérama

Julien Chheng, diretor, animador e produtor
Julien Chheng é conhecido por suas colaborações em longas-metragens como Titeuf: O Filme (2011), O Gato do Rabino (2011) e Ernest et Célestine (2011). Em 2009, realizou seu primeiro curta-metragem autoral, Dodudindon. Cofundador do estúdio de animação La Cachette, é também co-diretor da série animada adaptada de Ernest et Célestine. Em 2021, ele ganhou o Primetime Emmy Award por seu trabalho na série animada Primal (2019 – 2022).

Jean-Christophe Roger, diretor e roteirista
Jean-Christophe Roger é diretor e roteirista de diversos filmes de animação, trabalhando desde a década de 1980, em inúmeras séries animadas. Em 2010, dirigiu o longa-metragem Os Contadores de História, que foi indicado no Festival de Annecy. Hoje, desenvolve projetos de animação de filmes e séries e ministra masterclasses e workshops sobre adaptação de temas para animação e relações entre roteiro, storyboard e direção.

 

SEM EXIBIÇÃO



“ANATOMIA DE UMA QUEDA” / “Anatomie d’une chute”

Justine Triet / 2023 / 2h32 / Suspense, Drama / 16 anos

DIREÇÃO: Justine Triet

ELENCO / Cast: Sandra Hüller, Swann Arlaud, Milo Machado Graner

DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Diamond Filmes

SINOPSE: Sandra, Samuel e seu filho deficiente visual de 11 anos, Daniel, vivem há um ano longe de tudo, nas montanhas. Um dia, Samuel é encontrado morto ao pé da casa deles. A investigação concluiu se tratar de uma morte suspeita: é impossível saber ao certo se ele tirou a própria vida ou se foi assassinado. A viúva é indiciada, tendo seu próprio filho no meio do conflito: entre o julgamento e a vida familiar, as dúvidas pesam na relação.

Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes de 2023

“Tanta precisão, tanta inteligência na atuação nas diferentes línguas […] que seu personagem fala, tanto poder, tanto carisma nunca esmaga o filme, mas o impulsiona ainda mais alto.” – Première

“Uma merecida Palma de Ouro.” – Rolling Stone

“Vencedora da Palma de Ouro em Cannes, Justine Triet reinventa os códigos do thriller jurídico ao fazer de um julgamento de homicídio o cenário para uma fascinante dissecação da intimidade conjugal.” – Libération

Justine Triet, diretora 

Nascida em 17 de julho de 1978, Justine Triet estudou na escola Beaux-Arts em Paris e realizou seu primeiro curta-metragem em 2006: Sur Place. Em seguida, dirigiu Des ombres dans la maison (2010), rodado em uma favela de São Paulo. Tornou-se conhecida com Naughty Girl, Bad Boy, curta-metragem de ficção que ganhou o prémio de Melhor Filme Europeu na Berlinale e o Grande Prémio no Festival Premiers Plans de Angers em 2012. Seu longa-metragem de estreia na direção, A Batalha de Solferino (2013), foi apresentado como parte do programa ACID no Festival de Cinema de Cannes de 2013, e ficou em 10º lugar na lista dos 10 melhores do Cahiers du Cinéma em 2013. Em 2016, escreveu e dirigiu a comédia-drama romântica Na cama com Victoria, que foi indicada ao Prêmio César de Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. O filme foi apresentado no Festival Varilux de Cinema Francês de 2017. Dois anos depois, sua comédia dramática Sibyl estreou no Festival de Cinema de Cannes, onde concorreu à Palma de Ouro.

SEM EXIBIÇÃO


“BRIGITTE BARDOT (SÉRIE)” / “Bardot”

Danièle e Christopher Thompson / 2022 / 6×52’ / Drama / 14 anos

DIREÇÃO: Danièle e Christopher Thompson

ELENCO / CastJulia de Nunez, Victor Belmondo, Hippolyte Girardot, Géraldine Pailhas

SINOPSE: Ao longo de seis episódios de 52 minutos, a série biográfica narra a ascensão de Brigitte Bardot na França do pós-guerra, entre 1949 e 1959. Desde os seus 15 anos até os 25, desde a sua educação rigorosa até ao seu desejo de liberdade e de amor, o seu sonho de se tornar uma dançarina, o seu casamento com o seu primeiro amor Roger Vadim, a sua lendária atuação em “E Deus… criou a mulher” até ao seu casting com Henri Georges Clouzot para o filme “A Verdade” ; descobrimos como a jovem se tornou “BB” para sempre. Mas também como, ao longo do caminho, ela desencadeou tanto ódio quanto adoração.

“Danièle e Christopher Thompson reconstroem os anos jovens de um ícone do cinema francês, Brigitte Bardot. Um deleite cinematográfico vintage com um elenco de ouro, incluindo a estreante Julia de Nunez, e o excelente Victor Belmondo no papel de Roger Vadim.” – Séries Mania

Julia de Nunez, convidada do Festival
Julia de Nunez nasceu em 2000, filha de pai argentino e mãe francesa. Após o bacharelado e um decepcionante ano de estudos em literatura, Julia de Nunez decidiu lançar-se no teatro e no cinema. Formou-se na escola particular de teatro Périmony – esta escola foi fundada em Paris na década de 1960 por Jean Périmony que viu notavelmente atrizes e comediantes como Fanny Ardant, Sabine Azéma, Marlène Jobert, Camille Cottin e François Cluzet. Danièle Thompson, que codirigiu os seis episódios com o filho Christopher, lembra que, entre as dezenas de atrizes testadas para o papel, Julia se destacou imediatamente pela graça, pela fotogenicidade e pelo instinto de atuação: “Para interpretar Brigitte Bardot, dos 15 aos 26 anos procurávamos uma atriz capaz de ilustrar a sua evolução, ou seja, uma adolescente fofa que de repente se transforma numa femme fatale de um novo tipo”.

 

 

SEM EXIBIÇÃO



“O DESPREZO (Clássico)” / “Le Mépris”

Jean-Luc Godard / 1963 / 1h43 / Romance, Drama / 16 anos

DIREÇÃO: Jean-Luc Godard

ELENCO / Cast: Brigitte Bardot, Michel Piccoli, Jack Palance, Giorgia Moll e Fritz Lang

SINOPSE: O escritor e roteirista Paul Javal leva uma vida feliz com sua esposa Camille. O famoso produtor americano Jeremy Prokosch, o convida para trabalhar numa adaptação do poema épico Odisseia, dirigida por Fritz Lang na Cinecittà, em Roma. O casal então vai até o local e conhece a equipe de filmagem. Prokosch logo avança em direção a Camille na frente de Paul, e então conflitos estratificados ocorrem entre arte e negócios. Esta tentativa de sedução soará como a sentença de morte para o relacionamento de Paul e Camille.

Impossível elencar os esplendores desta obra perfeita cuja soma dos seus elementos díspares compõem um todo harmonioso. – Les Inrock

Dirigido por Jean-Luc Godard
O Desprezo é um filme franco-italiano de 1963, do gênero drama, dirigido por Jean-Luc Godard e estrelado por Brigitte Bardot, com roteiro inspirado na novela Il Disprezzo, do escritor Alberto Moravia.

O filme começa claramente convidando o espectador a entrar no universo mais profundo que se propõe. Assim, não se tratando apenas de uma história de amor e traição, o longa evoca o pensamento crítico e político de uma época marcada pelo início da Nouvelle Vague. Ao início do filme, Camille (Bardot) é filmada sob as luzes das cores da França, estabelecendo um claro paralelo nacionalista que instiga uma crítica ao cinema de produção norte americano. Dessa forma, integrando o contexto intelectual e político, traduzimos a trama dos personagens: Camille não despreza Paul, é a França que está desprezando os franceses tendo em vista a época conturbada que o país vivia na época em que a película foi rodada. Essa reflexão está presente em todo o filme, seja através de recursos visuais ou no próprio enredo da história. A escolha de Fritz Lang no elenco, e a sedução do produtor americano interpretado por Jack Palance, são elementos que representam uma caricatura do sistema de estrelas de Hollywood que levava os estúdios Cinecittà à falência.

Assim, o mais linear dos filmes de Godard, foi o filme francês com a sétima maior bilheteria do ano em 1963, sendo recorde do próprio diretor. Todo esse sucesso já era imaginado, quando Godard insistiu que Brigitte Bardot fosse escalada para o papel de Camille, devido à sua posição de ícone sensual global da época. Durante a produção do filme na ilha de Capri, na Itália, as filmagens tiveram de ser frequentemente interrompidas devido aos paparazzi que invadiam o local das gravações na tentativa de fotografar Brigitte Bardot, tamanho era o seu reconhecimento e engajamento com o público.

Aclamado pela crítica e considerado um dos melhores filmes de Godard e da Nouvelle Vague, é então considerado um clássico devido às suas repercussões no âmbito do audiovisual e no cenário político, em sua época de lançamento até os dias de hoje.